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Yoani Sánchez

Yoani Sánchez II

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Como Viver Bem

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Tiririca

Caetité

E a Vida Continua...

A Esperança

Festa de Arromab

Reviver Caetité

Reviver Caetité; nunca vi tantos rostos conhecidos num curto espaço de chão. Cada rosto reacendia remotas lembranças que debulhavam histórias que há muito se encontravam no arquivo esquecido da minha memória. Quem foi, foi, quem não foi, perdeu!     
As mulheres  elegantes e chiques esbanjavam graça, os homens  bem vestidos em seu traje de passeio completo ou esporte fino ostentavam ar de vitoriosos; Imponente e desenvolto estava Dr. Zequinha, com  a capona preta,  batendo no  meio da canela. Cheguei a falar para mim mesmo: “este cabra está pronto  para enfrentar  geada,  chuva torrencial e todas as intempéries que pintarem no pedaço”.         
           Inda bem que “Reviver Caetité,” a edição que  aconteceu em 2011,  não dava mais para protelar, porque o tempo urgia, e como urgiu! Se fossem realizá-la  mais pra frente o bicho ia pegar e boa parte da galera teria que dançar o  iê iê iê  de bengala.          
         Foi muito bom! O saudosismo comeu solto, regado a  uísque, cerveja, petiscos  e muita conversa fiada. O cuidado para não embriagar  foi difícil, mas não tanto quanto o de reconhecer os amigos e amigas que há muito não pisavam na terra e que  naquela noite  magnífica  resolveram dar as caras.  Quanto aos amigos, nada demais. Quando as lembranças nos traíam eles não se importavam muito e até ajudavam, já o mesmo não acontecia com as amigas. Quando a memória falhava,  a mulherada censurava com olhar fulminante.  Elas não entendem que o homem  só olha para o rosto e a bunda da mulher e é esta  lembrança que fica.  As vezes fazendo um ajuste na compensação:  quando não muito bela, compensa se for boa de bunda e vice-versa; o que fica  na mente é o registro destas duas  imagens  anatômicas.  Ocorre que o tempo age com mais rigor justamente  nestas partes do corpo delas, e aí a coisa complica. Mesmo com todos truques para esconder as marcas da vida, como a generosa base corretiva, a cinta modeladora emborrachada e a calcinha levanta bumbum, as formas não voltam ao que era antes “nem a pau” e, obviamente, as informações registradas no pensamento não condizem com as imagens exibidas na festa, daí o  conflito memorial  na hora do reconhecimento destas partes,  mesmo fazendo um esforço danado o lembramento falhava  e a mulherada  ficava brava.  Para aliviar  sufoco desse gênero  sugiro, a Rosana, para o próximo “Reviver Caetité”,  a idéia de um crachá para ajudar na identificação. Mas se colocar letrinhas a coisa pode não funcionar,  porque  “véi”  não consegue ler fonte tamanho 12. O ideal mesmo seria um crachá do tamanho do cartaz usado no cinema de Maria Pinho, para ficar bem visível,  com letras de fonte bem maior e  farta em  informações identificatórias.       
      Brilhante idéia de Rosana, esta de barrar a entrada dos netos e filharada dos participantes,  porque essa moçada ia perturbar  um bocado, mas teve  alguém que, numa roda de conversa fiada falou: “Nesta festa só tem velho, cara!” E uma pessoa retrucou na hora: “ É porque você não atentou para as moças do Buffet e para os garçons!”       
       Sei que foi uma noite gostosa que proporcionou momentos para que revíssemos  nossos contemporâneos. Nos bate-papos, os que não estão mais entre nós foram lembrados,  e a falta  foi sentida quando  alguns dos participantes  marejaram os olhos de lágrimas.    
     Nada mais que justa foi a homenagem rendida  ao nosso Waldick Soriano. Quantos amores, ilusões e desilusões esta voz embalou? Somente despidos de todo e qualquer preconceito podemos enxergar a genialidade desse artista, a poesia em suas canções, e o sentimento no inconfundível timbre de voz  desse  extraordinário cantor que é um pedaço da nossa história.        
    É raro ouvir falar de encontro deste gênero. Somente uma sociedade civilizada que tem história, alma e riqueza cultural  pode realizar evento como este e atingir plenamente todos os objetivos. De parabéns estão Rosana e todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente para o sucesso da festa. E na próxima, se for antes do convite de São Pedro, estarei lá.       Obrigado por me acompanhar até aqui.     

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